A maior lição que aprendi em medicina veio de um antigo professor, que me falou: “você nunca deve conversar com um paciente em pé ou apressadamente em um corredor!” Com o passar dos anos, no exercer da minha profissão, pude perceber a profunda verdade dessas palavras.

A comunicação com o paciente oncológico e seus familiares é tão importante na evolução do tratamento, que evitamos ao máximo diálogos rápidos e impessoais. Como regra, conversamos com pessoas em um momento de grande aflição e angústia em suas vidas. Nesta situação, é normal que a sua capacidade de compreensão esteja diminuída. Desta maneira, a utilização de uma linguagem complicada, baseada em termos técnicos e científicos, não costuma esclarecer o paciente e sua família, causando distanciamento entre o médico e o paciente e, conseqüentemente, dificultando o sucesso do tratamento.

Além do uso de linguagem simples e compreensível por parte do médico, é importante que o paciente e seus familiares se sintam amparados em suas emoções. No momento do diagnóstico e início do tratamento, sentimentos de raiva, tristeza e medo, são experimentados pela maior parte dos pacientes e seus familiares, sendo normais nesta situação.

Depois de vencida esta etapa, o plano de tratamento deve ser comunicado de uma maneira simples e clara, permitindo o esclarecimento de quaisquer dúvidas que possam surgir. Este ato, aparentemente simples, contribui grandemente para o sucesso do tratamento, diminuindo os efeitos colaterais e aumentando sua eficácia. E o remédio mais antigo continua sendo o mais importante, aliado a todas as inovações tecnológicas: a opção de contar com um Oncologista e um Serviço de Oncologia de sua confiança.

Fonte: Drs. Antonio Fabiano Ferreira e Daniela Lessa – Oncologistas da Oncosinos

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